Nacionalismo espanhol

O nacionalismo espanhol, nacionalismo espanholista, ou espanholismo é o nacionalismo que promove os espanhóis como uma única nação, a unidade cultural dos espanhóis e a centralização do Estado.[1] De um modo geral, compreende movimentos políticos e sociais inspirados no amor exacerbado à língua castelhana, à história, cultura e orgulho espanhol. O nacionalismo espanhol, principalmente a partir dos alicerces do estado-nação lançados no início do século XIX, ao contrário de outros movimentos europeus, para a sua consolidação e da identidade nacional espanhola, supôs a necessidade de dissolução de outras identidades regionais, principalmente basca e catalã.[2] Outras formas de nacionalismo espanhol incluem o pan-iberismo e o pan-hispanismo.[3]

O nacionalismo espanhol tem a sua origem na cultura castelhana e o seu desenvolvimento é paralelo ao processo de construção do Estado realizada pela Monarquia Católica e sendo uma evolução histórica sinédocal de uma fase expansionista do nacionalismo castelhano. [nota 1][4]

O Conselho de Castela, que foi a coluna vertebral do governo até ao início do séc. XIX, é dissolvido primeiro em 1812 e depois definitivamente em março de 1834 e nascem em sua substituição o Tribunal Supremo de Espanha e Índias, para as atribuições judiciais e o Conselho Real de Espanha e das Índias como órgão consultivo.[5] A até então "Monarquia Católica" passa a denominar-se de forma oficial "Monarquia Espanhola". [nota 2]. Continuará a existir uma predominância de Castela nos símbolos do Estado com a representação da Bandeira da Espanha a retratar apenas o escudo histórico de Castela e Leão até 1931, momento em que foi implantada a Segunda República Espanhola. Nessa fase a bandeira republicana continha uma faixa horizontal violeta que foi escolhida para comemorar a insígnia de Castela.[6]

Apesar da génese castelhana inicial do nacionalismo espanhol, deve-se enfatizar que atualmente o movimento político associado ao nacionalismo castelhano tem um propósito díspar, sendo indiferente, ou até mesmo hostil, ao unionismo espanhol.[7]

  1. «Núñez Seixas: "El nacionalismo español sólo estaba aletargado"». La Vanguardia. 3 de dezembro de 2018. Consultado em 5 de setembro de 2019 
  2. Vega, Mariano Esteban de (21 de abril de 2015). Campuzano Carvajal, Francisco, ed. «En torno al nacionalismo español». Montpellier: Presses universitaires de la Méditerranée. Les nationalismes en Espagne. Voix des Suds: 64–81, pontos 9 e 10. ISBN 9782367810997. Consultado em 5 de setembro de 2019 
  3. Rocamora, José (1990). «El nacionalismo iberista». Universidad de Alicante. Consultado em 5 de setembro de 2019 
  4. Cronica de los reyes catolucos Don Fernando y Dona Isabel de Castilla y de Aragon cotexada con Antiguos manuscritos y aumentada de varias ilustraciones y enmiendas (em espanhol). [S.l.]: Monfort. 1780. p. 151 
  5. España (1835). Decretos de la reina nuestra señora doña Isabel II, dados en su real nombre por su augusta madre la reina gobernadora, y reales órdenes, resoluciones y reglamentos generales expedidos por las secretarias del Despacho Universal: Desde 1o. de enero hasta fin de diciembre de 1834 (em espanhol). [S.l.]: En la Imprenta Real 
  6. «Todo lo que te contaron sobre la bandera republicana es mentira». Strambotic (em espanhol). 13 de abril de 2018. Consultado em 5 de setembro de 2019 
  7. administrador (10 de agosto de 2003). «¿Tiene futuro el nacionalismo castellano?. Jesús Rodriguez. Tc-Pnc Cuenca. (08/10/2003)». Partido Castellano-Tierra Comunera (em espanhol). Consultado em 5 de setembro de 2019 


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